Produto digital é qualquer produto que possa ser comercializado por meio digital. Eles podem ser e-books, cursos online, webinários, newsletters, scripts/templates, aplicativos, basicamente qualquer infoproduto em áudio, vídeo e texto.
Enquanto empresas tradicionais usam o produto digital para alavancar e potencializar o produto principal da empresa, empresas nascidas digitais, como startups, têm o produto digital como parte crítica de sua estratégia desde o seu início.
Gerir um produto digital é conectar os objetivos e metas estratégicas da empresa com os problemas e necessidades dos clientes. Geralmente, para fazer essa ponte, existe o cargo de Gestor de Produtos.
Os infoprodutos existem para atender a algumas necessidades dos consumidores, como:
Existem diversos benefícios em se trabalhar com infoprodutos, sendo alguns:
O processo inicial de elaboração do produto digital pode ser o período mais desafiador para os Gestores de Produto. Para lidar com isso, dentro da metodologia ágil, existe a visão do produto, que tem como função primordial definir os principais objetivos e direcionamentos.
A visão do produto é seu propósito, indica por que um produto existe e foi desenvolvido. Para chegar à ela, é preciso responder questões como:
A visão do produto pode ser resumida em uma frase aspiracional sucinta que responde à pergunta:
Como o produto vai ajudar a atingir os objetivos da empresa dona do produto enquanto resolve problemas e necessidades de seus usuários?
A resposta não pode ser algo muito genérico e pouco palpável. Ela será a bússola da equipe de desenvolvimento que irá focar no objetivo do produto nas mais diferentes etapas: formulação da estratégia, criação do roadmap e do backlog, até a execução. Percebe-se, assim, que a visão do produto está conectada à metodologia Scrum.
A visão do produto irá nortear o produto para um futuro de médio a longo prazo. Por isso, o processo de construção da visão do produto é um trabalho colaborativo feito por pessoas de dentro da organização. Para ter uma visão mais macro, é sempre bom receber inputs de pessoas de fora da empresa, como clientes e não clientes (fornecedores, concorrentes, especialistas do mercado etc).
E, assim como o produto é refinado até o lançamento, a visão do produto também passa por ajustes até chegar em sua versão final ‒ que é temporária, pois, assim como os objetivos de uma empresa podem mudar, a visão do produto também. Como exemplo, temos o Facebook que recentemente mudou completamente sua visão de produto e se transformou no Meta.
LinkedIn- “Conectar os profissionais de todo o mundo e torná-los mais produtivos e bem-sucedidos.”
Locaweb - “O produto E-mail da Locaweb será a solução de e-mail mais completa e flexível do mercado brasileiro.”
Google- “Organizar as informações do mundo para que sejam universalmente acessíveis e úteis para todos.”
Outras marcas estruturam suas visões de produto de forma visual. Veja os exemplos a seguir:
Uma parte essencial da estratégia de desenvolvimento de produto é definir o time que irá executar todos os passos até alcançar a visão do produto. Existem diversas formas de se estruturar um time de desenvolvimento de produtos digitais.
É um time pequeno, multidisciplinar, composto por membros de diferentes áreas e com conhecimentos. O tamanho pequeno, cerca de 7 integrantes, é fundamental para garantir o máximo de interação entre seus membros.
Na Amazon, existe a regra de que deve ser possível alimentar cada squad com no máximo duas pizzas. Ou seja, é realmente um número reduzido.
Para saber mais sobre squads, leia aqui o artigo que preparamos para você.
Dependendo do projeto, pode ser necessário mais de um squad para o desenvolvimento do produto. Formando, assim, diferentes tribos, agrupamentos de squads.
Existem quatro formas de se organizar times de produtos:
Essas estruturas para organizar os times podem ser usadas em conjunto, criando equipes de desenvolvimento híbridas. Exemplo: a Locaweb tem ao mesmo tempo um time focado em produto (hospedagem, e-mail marketing, cloud etc.) e um outro com foco na jornada do cliente (central do cliente).
O mais importante não é a estrutura em si. O que une pessoas como uma equipe coesa são objetivos comuns.
Um antipadrão é uma resposta recorrente mas improdutiva e contraproducente a um problema. Separamos alguns tipos de más práticas e antipadrões comuns no desenvolvimento de produtos.
O uso excessivo de documentação desacelera o time de desenvolvimento de produtos.
Padrão recomendado: seguir o Manifesto Ágil, ou seja, um produto na mão dos clientes traz mais valor para eles e para a empresa do que uma documentação abrangente e detalhada sobre o processo de desenvolvimento do produto.
Decisões só são tomadas se houver abundância de dados, relatórios, gráficos. Se por um lado o ideal é tomar decisões baseadas em dados, quando não temos muito dados ou eles estão confusos, podemos ter uma Paralisia de Análise. Ou seja, por dificuldade de analisar os dados, não seguimos em frente.
Padrão recomendado: procure tomar decisões com dados, mas leve em conta que dados são incompletos. Informações qualitativas e experiência prévia são fatores que também devem ser considerados.
Quando um projeto começa a ter problemas, é comum surgir a ideia de descartar tudo o que foi feito e recomeçar. O mito de que fazer do zero é mais fácil e menos trabalhoso é um antipadrão.
Padrão recomendado: evite a todo custo grandes reescritas. Em geral, não é necessário substituir o produto de uma vez só, é possível fazer substituições de forma gradual e progressiva, sem causar grandes transtornos e disrupções para a empresa e para os clientes.
É muito comum nas empresas que os diversos times façam listas de desejos em relação ao produto. Quando o time de desenvolvimento foca em atender essa lista, pode se transformar em um time implementador de soluções dadas por outros. Nesse caso, o foco deixa de ser a visão do produto.
Padrão recomendado: uma forma de evitar esse antipadrão é o time de desenvolvimento entender quais são os problemas a tratar, analisar o que de fato é prioridade e, depois, avaliar soluções possíveis. Com isso, o time terá uma lista de problemas para solucionar e não itens que as outras áreas querem que os desenvolvedores solucionem.
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