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Inovação: a sua empresa está preparada para ela?

Por Time xTree
Categoria Inovação
26 Janeiro 2022
Tempo de leitura: 4 min
Inovação: a sua empresa está preparada para ela?

Conheça as diferentes formas que a sua empresa pode inovar e estar pronta para os desafios do mundo de negócios atual

Ninguém gosta de ficar para trás, principalmente no mundo corporativo. Aqui, é uma questão de sobrevivência, em que a sua empresa pode acabar se tornando obsoleta e ser engolida por um mercado renovado. Existem exemplos de companhias consideradas gigantes, mas que encerram suas atividades frente ao progresso.

Um exemplo no ramo do entretenimento foi a Blockbuster. A videolocadora, que dominava o ramo de aluguéis de filmes em VHS e, posteriormente, DVD e Bluray, nada conseguiu fazer frente ao surgimento da Netflix. A empresa de streaming, que logo se popularizou, decretou a falência de uma empresa consolidada, mas que não inovou.

Atualmente, muitas empresas vêm lançando seus próprios serviços individuais. No Brasil, o Grupo Globo, que produz conteúdos audiovisuais há anos e apresenta um acervo gigantesco, viu a possibilidade de criar seu próprio serviço e inovou. Com a GloboPlay, a empresa não perdeu a chance de inovar, diferente da Blockbuster, que também poderia ter se reinventado, mas não fez.

Acontece que, do mesmo modo que a Blockbuster não fez nada e acabou fechando, a Globo, se tivesse feito de maneira errônea, também poderia ter se complicado e gerado prejuízo. A inovação, conforme é discutido no livro Dilema da Inovação - Quando as Novas Tecnologias Levam Empresas ao Fracasso, do professor Clayton Christensen, é dividida entre Inovação Incremental e Inovação de Ruptura. É preciso entender as diferenças no momento que for implementar em sua empresa.

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As diferenças entre Inovação incremental e Inovação de Ruptura

Inovação incremental

Esse conceito foi criado pelo economista Joseph Schumpeter no fim da década de 1930. Esse tipo de inovação serve como um complemento para algo que já existe, como uma espécie de melhoria, tal qual o Grupo Globo realizou ao entrar no mundo do streaming. Com canais de TV, aberta e fechada, de grande sucesso, a empresa melhorou a distribuição de seu conteúdo ao entrar no mundo do streaming.

Outro exemplo que podemos utilizar na inovação incremental é com relação aos produtos tecnológicos, tais como a TV de LCD, que passou a receber sinal de internet e aplicativos até se tornar uma Smart TV.

A principal vantagem que a inovação incremental apresenta é que ela oferece riscos baixos para as empresas. No exemplo da GloboPlay, se o serviço fosse um fracasso, a empresa teria sim um prejuízo, mas não iria à falência, pois ainda possuiria seus canais.

Inovação de Ruptura

Aqui temos a inovação arriscada e que muda de vez as regras do jogo. No exemplo da Blockbuster, a companhia só sobreviveria se tentasse inovar assim, já que a Netflix trouxe algo único para o mercado cinematográfico.

Segundo o livro Beyond the Idea: Simple, powerful rules for successful innovation, dos autores Vijay Govindarajan e Chris Trimble, a inovação é um desafio que precisa ser executado em duas partes, em que a primeira é concentrada na ideia, e a segunda, na execução, e requer tempo, energia e pensamento distinto.

Talvez aqui esteja a falha principal de algumas empresas ao tentarem inovar. Thomas Edison diz que é preciso 1% de inspiração e 99% de transpiração. Não adianta ter uma grande ideia se você não trabalhar para que ela fique realmente boa.

Um exemplo que mostra um fracasso nas redes sociais envolve o Google. A empresa, que tinha uma parceria com o extinto Orkut, criou uma rede do zero para bater de frente com a chegada do Facebook, o Google +. A rede não foi para frente, e por falta de usuários ativos, acabou encerrando suas atividades. Faltou um trabalho refinado para deixar a rede atrativa; ter uma ideia só não basta.

Mas, diferentemente da Blockbuster, o modelo de negócios do Google se estende por inúmeros setores da tecnologia, portanto, um fracasso assim acaba não prejudicando a companhia. E isso se dá graças à inovação constante que a empresa passa. Em momentos assim, ela dá a volta por cima como se nada tivesse acontecido.

Por outro lado, existem empresas que são muito bem sucedidas em suas empreitadas, como é o caso da Nubank. Mesmo com a chegada do internet banking, as instituições mais tradicionais seguiram engessadas em um modelo antigo de negócio. A Nubank revolucionou o mercado ao retirar taxas e devolver o controle financeiro para as pessoas através de aplicativos para dispositivos móveis, onde o controle é feito em tempo real.

O resultado pode ser visto na valorização da instituição e no crescimento sólido que a empresa possui. No balanço realizado em 2021, o banco divulgou que os clientes depositaram 29 bilhões de reais ao longo de 2020, valor que equivale ao dobro da receita do banco.

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A inovação de um pode ser a oportunidade para o outro

As empresas já estabelecidas são as que têm maiores dificuldades quando precisam fazer a inovação por ruptura. Elas investem pesado para sobreviverem no mercado, portanto, quando precisam inovar, optam pelo mais seguro, a incremental.

A tecnologia de ruptura, por apresentar conceitos diferentes, eleva o risco e pode demorar mais tempo para entrar em vigor. Entretanto, tecnologias novas, por estarem sendo produzidas em grande volume, têm custos menores e isso abre espaço para novos negócios surgirem, como as startups.

É justamente dessa inovação de algumas empresas que surgem oportunidades, mas para outros negócios. As mais antigas, que não estão dispostas a investirem, seja com inovação incremental ou de ruptura, veem a oportunidade de inovar de outra maneira, contratando os serviços de uma nova empresa.

Um conceito que aborda essa oportunidade de negócios e que está ganhando cada vez mais espaço no mercado é o Decoupling. Um exemplo é o iFood, que inovou o sistema de pedidos e entregas, e, agora, qualquer restaurante pode contratar seus serviços, sem a necessidade de realizar fortes investimentos em infraestrutura e inovação.

O termo foi criado pelo professor Thales Teixeira e mostra como grandes empresas estão aproveitando o surgimento das startups para inovar em diversos setores da indústria. Assista à entrevista exclusiva que o professor Thales deu para a xTree.

Inovar requer muito mais que planejamento, é preciso ter uma visão de mercado Future Black e prever, através de trabalho, como você quer a sua companhia daqui a 10 ou 20 anos, ainda relevante no mercado e atual. Com essa metodologia, você não será pego de surpresa, muito pelo contrário, é você que estará um passo à frente.

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