Uma das práticas de negócios mais comuns é a análise da concorrência. Em um benchmarking, ou benchmark, que, na tradução, significa referência, você estuda como seu concorrente age para que, assim, possa fazer um comparativo com sua própria empresa. Isso ajuda a deixar os processos cada vez mais refinados, o que reflete em uma maior produtividade da sua companhia.
E se você acha que essa atividade é apenas para grandes corporações, está enganado. A prática do benchmarking pode, e deve, ser utilizada em todos os setores comerciais, inclusive internamente. A busca por melhorias e maior desempenho deve ser tratada sempre como prioridade, tal qual a Metodologia Kaizen nos ensina. Quanto mais otimizado o processo, menos recursos são gastos, a produtividade aumenta e os seus lucros passam a ser maiores.
Prosperar no mundo corporativo não é uma tarefa fácil, exige muito trabalho e estratégia. Você precisa ter conhecimento do maior número de ferramentas que o mercado disponibiliza. Nesse caso, o benchmarking aparece como uma das técnicas mais eficientes para corrigir problemas e melhorar o desempenho, pois é possível aprender até mesmo com o erro da concorrência.
Como o próprio nome sugere, ocorre quando duas empresas se unem e abrem suas portas uma para outra. Existe uma troca de informações e de aprendizado, em que são compartilhados processos de trabalho e experiências.
Os motivos para que isso ocorra são variados. A empresa pode ser um exemplo de excelência, como é o caso da Toyota, e abre suas portas para visitação de companhias mais modestas e até mesmo de segmentos diferentes. A troca de informações não precisa necessariamente ser do mesmo segmento, mas sim de metodologia e filosofia de trabalho.
Aqui, é comparado apenas o processo de trabalho. Mas, quais perguntas fazer? Vamos dar alguns exemplos de tipos de benchmarking competitivos.
Também pode ser observado, inclusive, o tipo de tecnologia utilizada. Sua empresa pode ter parado no tempo, enquanto seu concorrente utiliza equipamentos mais eficientes. A mão de obra qualificada também é observada, afinal, você está contratando de maneira correta? Seus funcionários têm acesso a cursos de especialização?
Aqui, temos uma prática mais agressiva do benchmarking. Como citamos no exemplo anterior, quando se está estudando o benchmarking funcional, você acaba utilizando um pouco da competitividade, mas de uma maneira que te inspire a melhorar. Até porque empresas que abrem suas portas dessa maneira costumam ser gigantes do mercado ou, mesmo, de segmentos diferentes.
No caso da competição, você quer superar o seu concorrente, e essas informações a respeito de maquinário e processo de trabalho costumam ser sigilosas. Por isso, cada informação obtida deve ser tratada como um tesouro.
Quando uma empresa tem muitas filiais, é comum que alguma acabe se destacando das demais e se torne um modelo, mesmo que os processos sejam padronizados. Nesse estilo de benchmarking, o exemplo de excelência é estudado e comparado para que as outras atinjam o mesmo nível de profissionalismo.
Após analisarmos os quatro modelos, você já deve ter a noção de qual estratégia se encaixa melhor com a sua realidade. O próximo passo, agora, é implementar, e para isso, é preciso que você faça uma autocrítica em sua empresa, avaliando seus processos internos e já aplicando o que deve ser melhorado. Alinhe esse pensamento já buscando empresas de patamares maiores como exemplos, adotando suas filosofias de trabalho.
Caso você esteja com a proposta de benchmarking competitivo, é preciso definir qual estratégia utilizar para conseguir informações privilegiadas, e, claro, sempre respeitando a ética empresarial. Nesse caso, como já citamos, empresas concorrentes não costumam revelar seus segredos. Você pode estabelecer parcerias com outras empresas ou, mesmo, convênios, para conseguir as principais métricas que te ajudarão a superar seu concorrente.
Além disso, estabelecer um prazo para que a empresa se adapte às melhorias necessárias é fundamental.
Pode parecer redundante, mas você não pode perder muito tempo para começar a melhorar, em contrapartida, não se pode fazer as melhorias de forma apressada. É necessário que elas sejam feitas de maneira gradual e dentro de um prazo pré-estabelecido. Assim, a sua empresa não perde tempo e não se atrapalha na adaptação.
Ao tentar se inspirar em outra empresa, você deve ter cuidado para não copiá-la. O benchmarking, como vimos, envolve uma série de estudos e técnicas que vão além de uma cópia. Isso não diz a respeito de filosofia de trabalho, como Kaizen, por exemplo, mas dos processos de trabalho em si.
Por esse motivo, é sempre importante fazer as mudanças, se necessárias, de forma gradativa. Dessa maneira, se você notar que algo não está saindo de acordo como planejado, dá para identificar e parar a tempo, repensar a estratégia e fazer de outra maneira. Pois nem sempre mudar o que está funcionando, ou não, pode dar certo.
A prática do benchmarking pode te ajudar de inúmeras maneiras, quando feita da maneira correta e sem equívocos, respeitando sempre a ética profissional, os estudos e o conceito do que ele propõe. Inspirações de boas práticas sempre são bem-vindas, e conhecimento nunca é demais.