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Partnership: o que é e como pode ajudar sua empresa

Por Time xTree
07 Fevereiro 2022
Tempo de leitura: 4 min
Partnership: o que é e como pode ajudar sua empresa

Entenda o impacto positivo que essa parceria, baseada em méritos, pode gerar para o seu negócio.

O modelo de Partnership vem sendo adotado em diversas empresas. Algumas, inclusive, já nascem com essa cultura organizacional em que os colaboradores passam a ser sócios. Por mais que todos da empresa estejam focados e conseguindo bons desempenhos, esse “a mais” a ser alcançado eleva o nível de concentração e entrega.

Partnership: significado

Quando um colaborador se destaca além dos demais e ultrapassa todas as metas, ele chama a atenção de maneira positiva. Aquele desempenho pode ser a chave para o crescimento exponencial da companhia. Mas como conseguir manter esse colaborador focado e inspirar os outros a fazerem o mesmo? Através do Partnership, que, na tradução livre, significa parceria.

Nesse modelo de negócios, é estabelecida uma meta a ser alcançada pelos colaboradores. Aqueles que conseguem atingir têm o direito de se tornar sócio da empresa, adquirindo ações dela. Isso, além de trazer um bom retorno financeiro, encarrega o colaborador de mais responsabilidades, agora que ele é um novo sócio.

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Além disso, essa estratégia acaba sendo uma boa fonte para retenção de talentos. Os bons profissionais são mantidos mais perto da companhia e recebem a devida valorização, o que afasta investidas dos headhunters. A conquista feita através da cultura do mérito é estimulante para todo o ambiente de trabalho.

Porém, é preciso que essa promoção de colaborador para sócio seja feita da forma mais transparente possível. Cada organização trabalha de uma maneira, portanto, é importante que as cartas sejam colocadas à mesa e o colaborador entenda que tipo de poder ele terá ao se tornar sócio, e, mais importante, como a empresa irá administrar a quantidade de colaboradores aprovados para essa etapa.

O case da XP Investimentos

A XP Investimentos é uma das grandes empresas que tem o Partnership como cultura organizacional e aplica o modelo há muitos anos. Em entrevista para o canal da xTree no YouTube, Guilherme Benchimol, CEO e Fundador da XP, explica que as regras utilizadas atualmente pela empresa são diferentes das usadas no passado, agora que a companhia é listada na Bolsa de Valores.

Ele diz que todos da empresa, sem exceções, possuem metas, nas palavras dele, “sempre muito difíceis”, e que essas metas precisam ser batidas dentro da cultura da empresa e não de qualquer jeito. Ao final do semestre, é feita uma avaliação meritocrática por um comitê, que analisa quem está apto para comprar as ações. Ele também explica que esse é um comprometimento a longo prazo, mas que vale a pena.

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As ações da XP são vendidas por meio da CDI, e lá, o colaborador poderia financiar e efetuar o pagamento da maneira que achasse melhor. Guilherme Benchimol explica que existe uma regra nessa compra, o colaborador não vira sócio definitivo da empresa. Se o rendimento desse novo sócio diminuísse, a companhia poderia exercer o direito de comprar de volta as ações.

O intuito dessa estratégia é não deixar o novo sócio em uma zona de conforto. Através desse impulso, ele seguirá produzindo na mesma intensidade que o levou até aquele momento. Além disso, garante que as pessoas que estão no topo, naquele momento, sejam as mais comprometidas com a empresa. Confira o trecho da entrevista:

Partnership

Como estruturar a empresa para o partnership

Assim como qualquer passo que uma empresa dá, ele não é feito sem que antes haja um planejamento. Seja a empresa nascendo com essa cultura de Partnership, seja a adotando com o passar dos anos, é necessário ser bem-estruturada, já que novos sócios serão incorporados.

Um acordo de sócios

Todos os sócios precisam estar de acordo com os termos. Com novos sócios assumindo um percentual da empresa, mesmo que pequeno, eles também vão opinar nas decisões da companhia. Por isso se faz necessário um senso comum sobre a porcentagem que os novos sócios vão adquirir, para que não haja desentendimentos futuros.

Colaboradores de acordo com as regras

Do mesmo modo que é passado a limpo com sócios principais da companhia, os colaboradores precisam estar a par de toda a situação. Partindo do ponto que eles passam a ser donos de um pedaço da empresa, é preciso que esteja muito claro a porcentagem desse pedaço e o que ele pode ganhar com isso, além das responsabilidades que terá daquele momento em diante.

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Elaborar o Partnership

Com as duas partes de acordo com as regras, partimos para a parte prática. Elaborar um sistema de partnership vai além de uma conversa. Agora tudo será documentado, contendo todos os termos e condições, como os valores e as obrigações do novo sócio. Novamente, tudo precisa estar claro, só assim, tanto a empresa, como o colaborador, não terão frustrações futuras.

Dentro da elaboração do plano, é importante haver termos para opção de recompra das ações por parte da companhia. Isso pode proteger a empresa, caso o funcionário seja desligado, ou até mesmo não consiga bater suas metas.

Revisão de contratos

Quando a organização não nasce com esse propósito e o adota no futuro, uma revisão contratual se torna obrigatória. É imprescindível uma atualização nos contratos, tanto dos sócios da empresa, como dos colaboradores. Isso evitará dores de cabeça no futuro, caso a companhia passe por alguma auditoria que considere esse movimento irregular.

Esse modelo de gestão visa, acima de tudo, à meritocracia. Através dele, o colaborador sente que seu trabalho é, de fato, valorizado e, com isso, vai sempre buscar mais e mais, um desempenho de destaque. A inspiração que isso traz para a companhia é o diferencial para que todos fiquem cada vez mais alinhados em buscar resultados acima do melhor e do exemplar. O céu já deixou de ser o limite.

E não deixe de escutar o episódio 10 do nosso podcast, O X da Gestão, onde convidamos a Presidente da ABRH RJ, Lúcia Madeira, para falar sobre O Novo Paradigma de Gestão de Pessoas. Você pode escutar o episódio clicando AQUI.


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