Com o crescimento do número de startups capazes de impactar setores inteiros, em um mundo cada vez mais dinâmico, as empresas precisam investir cada vez mais em inovação.
O problema é que muitas delas fazem isso de maneira errada.
O problema está na incorporação da inovação, que não deve ser uma solução pontual, mas uma questão sistemática e estrutural.
Líderes que esperam impulsionar suas empresas a partir de inovações devem, simultaneamente, direcionar a inovação, persegui-la rigorosamente, investir recursos, monitorá-la e incentivá-la.
No entanto, normalmente não é isso que acontece. Muitos líderes caem em armadilhas no processo de inovação, que fazem com que os recursos de suas empresas sejam desperdiçados sem trazerem qualquer resultado.
Por isso, resumimos para você alguns erros comuns quando o assunto é inovação.
Muitos líderes pedem inovações de seus colaboradores, mas acabam apenas com uma lista infindável de ideias que não são levadas adiante.
Desenvolva um mecanismo capaz de detectar as melhores ideias e colocá-las em prática. Isso tanto vai auxiliar na inovação da sua empresa, quanto vai dar aos seus colaboradores a sensação positiva de as ideias deles estão sendo ouvidas e levadas em consideração.
Todas as empresas possuem desafios, alguns mais importantes e outros menos.
Uma das definições de inovação, entre diversas outras, diz que “inovação é algo diferente que cria valor”. No entanto, você só vai criar valor se resolver problemas realmente relevantes.
Deixe claro para todos quais são os desafios mais importantes a serem resolvidos e incentive as pessoas a buscarem soluções para esses desafios.
O processo de inovação depende muito de tentativa e erro. No entanto, é comum ver empresas que dizem incentivar a inovação punindo erros e falhas ligadas ao processo de inovação.
Quando se pune uma pessoa porque ela tentou algo novo, se estigmatiza a inovação. Você acaba fazendo com que as pessoas não queriam se arriscar, e assim continuem fazendo aquilo que já sabem fazer, sem buscar novos métodos e processos.
Se o que você busca é inovar, você deve deixar seus colaboradores à vontade para testarem suas ideias e, eventualmente, errarem. O segredo é entender que, nos primeiros estágios da inovação, errar não é necessariamente ruim. Errar é um processo de aprendizado.
A inovação não é um simples processo no qual se pede que os os colaboradores surjam com novas soluções.
A inovação requer, entre outras coisas, que recursos sejam alocados para a prototipação e para a experimentação de novas ideias.
Se você não investir recursos nas melhores ideias, que podem transformar a sua empresa, você está praticamente condenando essas ideias ao fracasso.
De acordo com Clayton Chistensen, autor do livro Innovator’s Dilemma, muitas empresas privilegiam investimentos que sustentem seu negócio principal, que já está rodando há anos, preterindo investimentos em novas áreas com potencial de se tornarem o futuro da empresa.
Uma forma de se mudar isso é pela metodologia da Dual Transformation. A base por trás dela é a premissa de que as empresas devem investir para aumentar a resiliência do negócio principal, mas devem também alocar parte dos recursos para uma nova área, aquela que poderá se tornar um novo motor de crescimento.
Fonte: The 6 Most Common Innovation Mistakes Companies Make - Scott D. Anthony, David S. Duncan and Pontus M.A. Siren - Harvard Business Review