Em 1981, dois especialistas em solução de problemas, Charles H. Kepner e Benjamin B. Tregoe, criaram a Matriz GUT, ou Matriz de Priorização, com o objetivo de ajudar na resolução de problemas complexos das indústrias japonesas e americanas.
Com a Matriz, eles conseguiram escalonar as tarefas por ordem de prioridade, levando em consideração os impactos positivos e negativos para o negócio.
O termo GUT é um acrônimo de Gravidade, Urgência e Tendência. Ao analisar um problema ou projeto sob a ótica desses três critérios, você será capaz de quantificar informações e classificá-lo de acordo com o nível de prioridade.
Dica: A Matriz GUT não é apenas uma ferramenta para “apagar incêndios”, ela é uma poderosa aliada na tomada de decisões do dia a dia.
Ou seja, com a Matriz GUT você conseguirá:
Atenção: Esta ferramenta não foca a resolução de problemas ou o desenvolvimento de projetos, mas sim sua priorização. Por isso, para desenvolver um projeto, recomendamos a leitura deste artigo que preparamos para você.
Esta ferramenta pode ser utilizada em qualquer situação em que seja necessário tomar decisões com uma análise mais detalhada. Qualquer pessoa do time pode utilizá-la, em qualquer empresa, não importa o tamanho ou setor.
Alguns dos principais usos da Matriz GUT:
É o elemento que mede os danos que um problema irá gerar se não for solucionado. O impacto, ou a intensidade, poderá ser avaliado tanto de forma quantitativa quanto qualitativa, dependendo do assunto e do contexto.
Pense da forma mais ampla possível: colaboradores, resultados, fornecedores, clientes, todos os pontos que serão afetados por esse problema.
Problemas como perda massiva de clientes, danos permanentes à imagem da marca, estrago financeiro e consequente falência da empresa são considerados extremamente graves.
Já um feedback amistoso de um cliente e questões internas da empresa podem ser considerados problemas sem gravidade ou pouco graves.
A pontuação da gravidade varia de 1 a 5, conforme a seguinte escala:
Esse elemento está diretamente ligado ao prazo para a solução do problema.
Esse elemento serve para evitar o efeito surpresa: “se esse problema não for resolvido agora, ele permanecerá estável, se tornará grave aos poucos ou rapidamente?” Ou seja, com ele você avaliará o padrão de evolução da situação.
Liste os seus problemas: O que você deseja analisar? Construa uma tabela colocando um item em cada linha.
Atribua pontuações para os problemas nas 3 variáveis (Gravidade, Urgência e Tendência): Avalie cada problema segundo cada categoria separadamente. Algo pode ter um nível baixo de gravidade e urgência mas pode ser escalonável, isto é, ter um nível alto de tendência. Após atribuir notas, multiplique o valor das três variáveis de cada problema.
Classifique seus problemas: Após multiplicar G x U x T, você terá resultados entre 125 e 1. Agora, faça um ranking dos seus problemas. A ordem de prioridade deve começar pelo item de maior valor.
Defina responsáveis e prazos: A partir desse ranking, você saberá em que ordem executar tarefas e resolver problemas, decidirá o que deve ser feito de imediato, o que poderá ser feito na sequência e o que poderá ser feito por último. Com base nisso, decida quem será responsável por cada ação (Product Owner) e quais os prazos para a conclusão de cada problema.
Quer conhecer outra ferramenta prática de gestão para priorizar tarefas? Aprenda a utilizar também a Matriz de Eisenhower.
E não deixe de escutar o episódio 10 do nosso podcast, O X da Gestão, onde convidamos a Presidente da ABRH RJ, Lúcia Madeira, para falar sobre O Novo Paradigma de Gestão de Pessoas. Você pode escutar o episódio clicando AQUI.